O
Evangelho de Cristo nos mostra claramente o amor de Deus como um sentimento
CONDICIONAL na medida em que proclama o seguinte mandamento: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns
aos outros, assim como Eu vos amei”.(Jo 15, 12)
Contudo, nem sempre o amor
convencional pode ser considerado uma opção... O que para alguns pode parecer
um sinal de insensibilidade, frieza e dureza de coração, pode configurar-se, na
verdade, como sendo uma consequência nefasta de doenças que de demoníacas não
têm nada. Assim, prefiro referir-me aos mandamentos de Deus não como ORDENS
proferidas por um Pai AUTORITÁRIO, mas como ENSINAMENTOS deixados por um Filho
MISERICORDIOSO. Essa PEDAGOGIA DIVINA se encaixa perfeitamente no ideal de AMOR
comungado por pessoas portadoras de AUTISMO e Síndrome de Asperger. Com isso,
não estou dizendo que a pessoa de Jesus Cristo seja desprovida de autoridade,
mas que a autoridade presente em Jesus Cristo não é uma qualidade
fundamentalista, arrogante e déspota.
Amiúde, a oração é uma das formas de
vivenciarmos uma experiência sensível em/com Deus. Quando tal experiência
sensível não pode ser acessada facilmente, por motivos que somente a Deus cabe
julgar, torna-se visível o surgimento de um quadro insalubre, onde impera a
frustração, a desilusão e o vazio interior. No entanto, a oração deve SER/ESTAR
em nossas vidas de forma incondicional. Não devemos esperar uma confirmação
sensível imediata quando, na verdade, ela é construída ao longo de uma vida
inteira repleta de momentos de intimidade em/com Deus. Com isso, devemos manter
sempre nossos joelhos flexionados em reverência a Deus mesmo que o chão os
maltrate a ponto de deixá-los completamente esfolados.
Em
minhas orações sempre peço a Deus:
“Senhor, desarma o meu coração e aumenta a minha FÉ para que a saúde e a
perseverança sejam abundantes em minha vida”...
FONTE: ARAÚJO, Denio Medeiros de; SIMPLESMENTE BIPOLAR; 1º
Edição Digital, Caicó: Editora Blogger, 2016.
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