Se eu pudesse viver a minha vida de novo, procuraria cometer mais erros da próxima vez. Ficaria mais descontraída... Seria mais ingênua do que tenho sido. Com certeza iria levar a sério pouquíssimas coisas... Não me preocuparia tanto com a higiene. Procuraria assumir mais riscos. Subiria mais montanhas, nadaria mais rios e contemplaria mais pores-do-sol. Tomaria mais sorvete e comeria menos feijão. Arranjaria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Como dá para perceber, sou uma dessas pessoas que vivem séria e sadiamente hora após hora, dia após dia. Ah, sim! Tive meus bons momentos e, se tivesse que começar tudo de novo, teria outros ainda. Alíás, não teria nada além disto: apenas momentos, um após o outro, ao invés de ficar vivendo anos à frente de cada dia. Fui uma dessas pessoas que nunca vão a parte alguma sem levar termômetro, bolsa de água quente, escova de dente, capa de chuva e pára-quedas. Se tivesse que começar de novo, viajaria com menos bagagem... Começaria mais cedo a andar descalça na primavera e prolongaria isso pelas tardes de outono. Andaria mais de carrossel. Colheria mais margaridas.*
Como dá para perceber, sou uma dessas pessoas que vivem séria e sadiamente hora após hora, dia após dia. Ah, sim! Tive meus bons momentos e, se tivesse que começar tudo de novo, teria outros ainda. Alíás, não teria nada além disto: apenas momentos, um após o outro, ao invés de ficar vivendo anos à frente de cada dia. Fui uma dessas pessoas que nunca vão a parte alguma sem levar termômetro, bolsa de água quente, escova de dente, capa de chuva e pára-quedas. Se tivesse que começar de novo, viajaria com menos bagagem... Começaria mais cedo a andar descalça na primavera e prolongaria isso pelas tardes de outono. Andaria mais de carrossel. Colheria mais margaridas.*
* A autoria deste texto é duvidosa. Na América Latina ele é atribuído ao autor argentino, Jorge Luis Borges, e na América do Norte a uma senhora de 85 anos de idade da região montanhosa de Kentucky.
A LUZ de Jesus iluminando a humanidade e toda a criação de Deus. |
Quando nós três vamos juntos a um supermercado, Matt e eu vamos direto para o bacon, e Sheila faz seu estoque de frango... sem esquecer os miúdos. Mas o momento crítico é quando chegamos ao caixa e, na hora de pagar, o dinheiro não dá. Para Matt e para mim, criados num lar de origem irlandeza católica, o bacon era um petisco especial, reservado para as manhãs de domingo. Para Sheila, crescida num lar judeu, bacon era alimento proibido, sequer permitido dentro de casa. Sheila era extremamente ligada à sua avó, uma especialista em preparar miúdos de frango, ao passo que as únicas lembranças que Matt e eu temos dos miúdos de frango são as de quando nossos pais nos pediam para tirar a mesa após os muitos jantares à base de frango.
Carregamos conosco não só preferências e aversões com respeito ao hábito alimentar de nossos pais e avós, mas também muitos outros comportamentos. Por exemplo, dizem as estatísticas que duas de cada três crianças com pais alcoólicos ou se casam com um parceiro alcoólico ou se tornam, elas mesmas, alcoólicas. Se uma criança tem ambos os pais alcoólicos, é proxima de 100% a probabilidade de que esta criança venha a repetir os padrões de seus pais. Quer seja o alcoolismo, quer seja qualquer outro padrão instalado no seio da família, provavelmente poderemos constatar com mais facilidade a repetição desses padrões ao observarmos a escolha do conjuge e as escolhas que se sucederão no casamento. No mês passado, uma de minhas amigas veio me dizer que sua filha estava para se casar. Quando lhe perguntei como é que era o noivo, ela respondeu: "Minha filha vai se casar com alguém que é o jeitinho do pai dela, bem parecido com o homem com quem me casei." O fato de costumarmos repetir as escolhas de nossos pais, não só na escolha do companheiro de vida conjulgal mas em muitas outras escolhas dentro da vida de casados, levou o psicólogo Hugh Missildine a sugerir que em todo casamento há seis pessoas: o casal e os dois casais de pais.
Bill, um bem-sucedido conselheiro matrimonial, falava-nos sobre como costuma focalizar as seis pessoas em cada casal. Quando dá aconselhamento, ele deixa que quem quiser comece a relacionar todas as queixas que tem contra seu cônjuge. Assim, pode ser que a esposa comece queixando-se de que o marido fica lendo o jornal durante o café da manhã ou de que não pergunta nunca, na hora do jantar, como é que foi o seu dia. Então Bill entra com a seguinte pergunta: "E como é que você se sente com tudo isso?" Se a resposta for: "Sosinha e rejeitada"; ou: "Com raiva, mas achando que isso deve ser assim mesmo", Bill pergunta: "Quando foi que você sentiu algo parecido?" Na maioria das vezes a esposa acaba voltando a alguma ocasião em família, por exemplo quando o pai, homem de vendas, tinha que partir na segunda-feira pela manhã para voltar na sexta, tarde da noite. Bill descobre então que, quando essa esposa começa a trabalhar a mágoa contra seu pai, é comum que o jornal da manhã do seu marido ou algum outro comportamento irritante que ele apresente passe a incomodá-la muito menos ou até deixe totalmente de incomodá-la. Muitas vezes nossas mágoas são mais abrangentes, remetendo-nos aos nossos pais, e o caso não é bem se o marido lê ou deixa de ler um jornal pela manhã, já que muitas pessoas casadas não se importam quando o cônjuge age assim.Através da CURA das antigas feridas da nossa infância, principalmente aquelas que foram causadas por nossa família e por nossos pais, podemos ser curados das reações exageradas no casamento ou em outra situação do momento presente. Um dos fundadores da terapia familiar, Murray Bowen, constatou que, quando seus médicos residentes trabalhavam as mágoas antigas, originadas em seus pais, acabavam monstrando-se mais bem preparados como terapeutas e progrediam mais na melhora de seu próprio casamento do que os outros residentes que passavam pela terapia convencional com suas esposas.
Os exemplos de nossa família e de nossos pais afetam o modo pelo qual nos relacionamos não só com nosso cônjuge, mas com todas as demais pessoas, especialmente com Deus como Pessoa. Lembro-me da época em que ensinava na reserva dos índios Sioux. Quando ia falar daquela faceta de Deus que é Pai, muitas crianças não queriam ouvir falar do Deus Pai. Tinham medo de que o tal Deus Pai pudesse ser como seus pais alcoólicos cujo humor era imprevisível e que, por isso, costumavam fazer exigências descabidas ou então ignorar toda a família. Por outro lado, nos tempos de Jesus, quando Ele e seu povo judeu carinhosamente chamavam a seus pais de Abba (que significa, "papai", "paizinho"), eles podiam relacionar-se com Deus como Pai. Talvez a razão pela qual as pessoas , em certas regiões como o México, parecem ter um relacionamento mais afetivo com Maria, a mãe de Jesus, seja porque a mãe mexicana - e não o distante pai mexicano "machão" - é o centro da afeição do lar nesse país. Não só as mães mexicanas, mas qualquer outro relacionamento muito chegado podem afetar nossa vida de oração. Penso, por exemplo, que uma das razões por que acho fácil relacionar-me com Jesus como irmão é o fato de ter um relacionamento muito próximo com meu irmão Matt.
Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. |
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