terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O mundo anda tão complicado...



Há 2011 anos, Jesus Cristo ressuscitou Lázaro sem cobrar 1 (um) centavo sequer. E num gesto de pura humildade Jesus falava: "A tua fé te SALVOU". (Mt 9, 22)

Atualmente, qualquer capitalistazinho de jaleco branco cobra uma fortuna somente para diagnosticar um simples resfriado.

Uma vez falei para o meu médico: "Será necessário uma 3ª Grande Guerra Mundial ou a Lua ficou pequena demais para as ambições humanas".
Estou escrevendo um livro sobre transtorno afetivo bipolar e descobri uma informação valiosa: "Estima-se que aproximadamente 15.000.000 (quinze milhões) de brasileiros são portadores de algum grau de bipolaridade".

Contudo, ao escrever o livro, considerei o transtorno afetivo bipolar uma doença negligenciada. Como é possível uma doença que atinge aproximadamente 15 milhões de brasileiros ser considerada uma doença negligenciada? Quando levantei esta hipótese, não me referia ao número de pessoas afetadas pela doença, mas ao número de medicamentos que são consumidos para manter a pessoa com bipolaridade no estado "eutímico" (Eutimia - do grego eu = normal + timo = humor - é definido por Demócrito como um estado de equilíbrio no humor e por Sêneca como um estado de tranquilidade, um ponto de estabilidade entre o humor deprimido e o humor eufórico.).

Sinceramente, não acredito muito que a indústria farmacêutica irá largar este osso tão facilmente. As pesquisas existem, mas por trás de toda pesquisa científica há muito dinheiro envolvido. A ciência microbiológica evoluiu muito nesses últimos anos, todavia, um tratamento experimental pode levar anos para ser colocado à disposição da população afetada pelas doenças pesquisadas. Além disso, considero a palavra "cura" um pouco forte e onerosa demais para constar no vocabulário médico. Tenho a convicção que se um dia descobrirem a cura de alguma doença crônica ou grave como o câncer, transtorno bipolar, esquizofrenia, com toda a certeza que existe neste mundo, o preço será muito alto a ponto de os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) não terem acesso a $ CURA $.

Uma vez eu escrevi um texto que falava sobre a íntima relação entre ciência e religião. Em minha opinião a religião é o fator que humaniza a ciência. Talvez se houvesse um pouco menos de dinheiro (interesses econômicos) e um pouco mais de fé (comunhão e partilha) a cura fosse algo possível. A ciência somente produz bons frutos quando ela tem como foco principal o BEM COMUM.



AUTOR DO TEXTO: Denio Medeiros de Araújo.

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